Conhecendo sucessão ecológica
A substituição dos ecossistemas naturais, de elevada biodiversidade e estabilidade, por ambientes de natureza sócio-econômica, resulta na criação de sistemas altamente dependentes da constante intervenção humana e, portanto, de frágil equilíbrio ecológico. Na escala de alteração dos ecossistemas, os agroecossistemas e os ecossistemas urbanos, representam sistemas profundamente alterados em relação à complexidade, diversidade e estabilidade dos sistemas naturais .Os sistemas agrícolas atuais são implantados e mantidos funcionais através de mecanismos que contrariam as leis naturais, priorizando as espécies pioneiras e impedindo a sucessão ecológica que se desenvolve naturalmente nos ambientes(Warming, 1909 apud Bowler, 1998).Segundo Guariguata e Ostertag (2001) o processo da sucessão ecológica se dá através de uma seqüência de organismos, na qual uma comunidade simples e instável (imatura)formada por organismos pioneiros, é substituída por organismos secundários e terciários, evoluindo para uma comunidade madura, complexa e estável (clímax).As espécies pioneiras são dotadas de certas características especiais, por serem altamente produtivas e de rápido crescimento, desenvolvendo elevada capacidade dispersiva e colonizadora. Por estas características, elas são selecionadas e utilizadas pelo homem nos sistemas agrícolas. Dentre os principais efeitos dos agrotóxicos estão o controle de espécies pioneiras indesejáveis, tidas como ervas daninhas, através dos herbicidas, que atuam sobre os mecanismos da fotossíntese, ou de controlar as pragas, - insetos herbívoros que danificam as lavouras -, através dos praguicidas, que atuam sobre os mecânismos existentes nos animais, como a respiração. Segundo a teoria do contínuo fluvial,os rios são descritos como sendo um gradiente espacial que visa prever como o rio irá funcionar ( biologicamente ) ao longo do tempo. O sistema fluvial é comparado a um gradiente, que da cabeceira a foz apresenta um aumento gradual de tamanho, sendo esses gradientes classificados em três grupos : riachos de cabeceira, riachos pequenos ou médios e grandes rios. Em trechos de cabeceira onde há o predomínio de corredeiras rasas, existe uma tendência às espécies apresentarem corpo achatado e possuírem mandíbulas cortadoras para lidar com partículas grandes de serrapilheira, aumenta o número de insetos raspadores e peixes insetívoros. Já em riachos de pequeno e médio porte, que são mais largos, quase não estão sombreados. Sendo assim comum a incidência de produção primária .Nessa área encontra-se comunidades de peixes raspadores e alguns invertebrados predadores.Com o aumento do leito do rio, há a incidência de luz solar sobre o substrato, mudanças de temperatura e os teores de sais dissolvidos na água aumentam. Com isso, algas e macrófitas aquáticas começam a ocorrer, aumentando a produtividade primária. Logo, a base da cadeia trófica é gradualmente substituída.No curso de grandes rios aumenta a incidência de peixes predadores e detritívoros(Guariguata e Ostertag, 2001).
Ao analizarmos esta imagem podemos observar uma queimada ,ás margens do rio, logo ,pode-se concluir que provavelmente ocorrerá uma sucessão ecológico com domínio ,principalmente, das espécies pioneiras (gramíneas) ,por ser ela o tipo de espécie que se prolifera com mais facilidade.A queima de áreas ambientais traz inúmeros danos ao ambiente,como por exemplo,perda e modificação do hábita das espécies locais,além da morte dos mesmos,porém ,deve-se ressaltar que isto trás ao ambiente a possibilidade de uma sucessão, promovendo então a chegada de novas espécies ,contribuindo para a heterogeneidade e equilíbrio do local. Podemos interpretar como um desastre na natureaza ,mas também como uma nova oportunidade para novas colonizações por espécies que antes da perturbação ambiental não encontravam-se ali. Quando um ambiente é estável ,com baixas limitações sejam elas antrópicas ou naturais, uma espécie tende a dominar, tornando o ambiente mais homogênio e menos diversificado.
Metapopulação em desequilíbrio
Plantação de arroz com desvio |
Desvio feito para irrigar o rio |